quinta-feira, 5 de julho de 2018
Criada supramolécula para combater o cancer
Investigadores norte-americanos desenvolveram uma substância que ajuda o corpo a “devorar” e a destruir células cancerígenas
O tratamento aumenta a acção dos glóbulos brancos, chamados macrófagos, que o sistema imunitário utiliza para destruir as células maléficas. Foram realizados inúmeros testes em cobaias que mostraram que a terapia funcionou para tumores agressivos de mama e da pele, segundo foi publicado, esta segunda-feira, na Nature Biomedical Engineering.
A equipa de investigadores espera iniciar os testes em seres humanos dentro de alguns anos e como a substancia já tem uma licença deverá agilizar o processo de aprovação a fim de ser utilizada.A substância em questão foi desenvolvida a partir de moléculas que se encaixam como blocos de tijolo e, por isso, pode ser considerada como uma “supramolécula”. O estudo “cria” uma célula imune devoradora ou “fagocitária” chamada macrófago.
De acordo com a BBC, os macrófagos já são uma boa maneira de a combater infeções bacterianas e virais porque conseguem identificar e atacar esses “invasores”, não sendo porem tão eficazes no combate ao cancro, uma vez que os tumores não são invasores, mas, crescem a partir das nossas próprias células escondem-se inteligentemente do ataque do sistema imunitário.
A substância utilizada pela equipa, liderada pelo médico e autor principal do estudo Ashish Kulkarni, age de duas maneiras. Na primeira , impede as células cancerígenas de se esconderem dos macrófagos e, em segundo, evita que o tumor torne aos macrófagos passivos. Nos camundongos, a terapia “supramolecular” pareceu impedir que o cancro crescesse e se espalhasse.
Os cientistas prevêem usar esta substância juntamente com outros tratamentos contra o cancro, como é o caso dos inibidores de pontos de controlo .Pontos estes que são moléculas especializadas impedem o sistema imunitário de funcionar, fazendo com que as células defensivas sejam utilizadas apenas quando preciso.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário