Escavações em duas pedreiras no País de Gales, conhecidas por serem a fonte das “pedras azuis” de Stonehenge, indicam como pode ter sido extração dos megálitos há cinco mil anos.
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Um novo estudo dirigido pela University College London publicado na revista Antiquity indica as localizações exatas de duas destas pedreiras e revela quando e como se extraíram as pedras.
A maior pedreira foi encontrada a 290 quilómetros de Stonehenge, no afloramento de Carn Goedog, na encosta norte das colinas de Preseli. "Pelo menos cinco das pedras azuis de Stonehenge, e provavelmente mais, são oriundas de Carn Goedog”, disse Richard Bevins, do Museu Nacional do País de Gales.
Os afloramentos de pedra azul são pilares verticais naturais, que poderiam ser removidos da superfície da rocha abrindo as juntas verticais entre cada pilar. Ao contrário das pedreiras no antigo Egito, onde os obeliscos eram esculpidos em rocha sólida, as pedreiras do País de Gales eram mais fáceis de explorar.
Os trabalhadores da pedreira neolítica introduziam cunhas nas juntas feitas entre os pilares e depois baixavam cada pilar. Embora seja provável que a maioria das sua ferramentas consistisse em cordas e cunhas, maços e alavancas de madeira, foram encontradas outras ferramentas, como pedras de martelo e cunhas de pedra.
Escavações arqueológicas no sopé de ambos os afloramentos descobriram restos de plataformas de pedra e terra feitas pelo homem, com a borda externa de cada plataforma a terminar num degrau vertical de cerca de um metro.
Agora, a equipa pensa que o Stonehenge foi inicialmente um círculo de pilares de pedra azul e que os blocos de arenito foram adicionados 500 anos depois.
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As novas descobertas também põem em dúvida a teoria popular de que as pedras azuis foram transportadas por mar. “Existe a teoria de que as pedras azuis foram levadas para o sul até Milford Haven e colocadas em jangadas ou barcos, mas estas pedreiras estão no lado norte, por isso era relativamente fácil transportar os megálitos para a planície de Salisbury”, rematou Kate Welham , da Universidade de Bournemouth.
Fonte//UCL
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