O relatório das Nações Unidas sobre o estado da camada de ozono é uma lufada de ar fresco para aqueles que pensam que o meio ambiente não tinha recuperação, mostrando que estamos no caminho certo para a camada de ozono regressar aos níveis de 1980 na segunda metade deste século.
O Protocolo de Montreal sobre Substâncias que Destroem a Camada de Ozono entrou em vigor em 1989, estabelecendo um marco na proteção ambiental ao eliminar gradualmente os produtos químicos responsáveis pela degradação da camada atmosférica de ozono.
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O ozono tem a capacidade de absorver os comprimentos de onda mais prejudiciais da luz ultravioleta que, de outra forma, chegariam à superfície. Nos anos 80, os cientistas concluíram que várias substâncias químicas usadas nos processos industriais e domésticos, incluindo os clorofluorcarbonos, estavam diminuindo a densidade da camada de ozono. Embora essa redução seja um fenómeno global, as observações das flutuações sazonais na Antártica levaram à verificação de um "buraco" na camada que colocava os ecossistemas sensíveis em risco .O Protocolo de Montreal foi a resposta a esta ameaça, muito graças ao então secretário-geral da ONU, Kofi Annan, que conseguiu um dos acordos internacionais de maior sucesso. Várias décadas depois, a avaliação científica de 2018 vem, quatro anos após o último relatório, indicar que estamos no caminho certo. As concentrações de cloro troposférico e bromo troposférico diminuíram desde a avaliação de 2014. Fora das regiões polares, o ozono aumentou entre 1 e 3% por década desde o ano 2000.
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Isso significa que podemos esperar que a camada de ozono que cobre a latitude média do Hemisfério Norte retome os níveis de 1980 durante a década de 2030, e no Pólo Sul mais ou menos na década de 2060. Ao longo dos anos, o protocolo foi alterado à luz de novas descobertas científicas. Em 2016, os delegados reuniram-se na capital ruandesa de Kigali para, mais uma vez, ajustar suas exigências, desta vez levando em conta as propriedades de aquecimento global dos hidrocarbonetos. No próximo ano, a Emenda Kigali será ratificada, e os signatários serão obrigados a descobrir como reduzirão a produção e o uso de outro gás poluente.Veja Tambem A circulação dos oceanos diminuiu drasticamente e nao se deve ás alterações climáticas
Por outro lado, um novo relatório do Painel Inter governamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) sugere que, se quisermos ter alguma esperança de reduzir o aquecimento global e ter um aumento de apenas 1,5 graus Celsius, teremos tomar medidas de grande impacto. Veja Tambem "Limitar o aquecimento a 1,5 C é possível dentro das leis da química e da física, mas isso exigiria mudanças sem precedentes", disse Jim Skea , co-presidente do Grupo de Trabalho II do IPCC. Fechar aquele buraco de ozono foi o primeiro passo. Muitos têm que ser dados , e o fracasso não é uma opçãoFonte//SienceAlert
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