Os Estados Unidos tem 204 bacias que abastecem o país de água doce. Destes, 96 não conseguirão manter o fornecimento habitual a partir de 2071.
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O aquecimento global leva cada vez mais a situações climáticas extremas
As alterações climáticas e o aumento da população mundial, são as principais causas para a escassez generalizada da água, segundo o estudo publicado em fevereiro na revista Earth’s Future.
Mais e maiores secas ocorrerão nos próximos cinquenta anos o que juntando ao aumento populacional às mudanças climáticas, causará a uma maior evaporação. O aumento da temperatura anulará o efeito de maior precipitação que é esperado noutras regiões.
De acordo com os modelos que projetaram, 83, 92 e 96 bacias poderiam sofrer escassez nos seus níveis mensais nos períodos 2021-2045, 2046-2070 e 2071-2095, respetivamente.
Para reverter a situação, é necessário modificar os hábitos em relação ao uso da água, nomeadamente na agricultura, responsável por 75% do consumo anual nos EUA e na indústria. Portanto, Brown e a sua equipa disseram que se deve reformular a forma como se utiliza este precioso recurso e aumentar a eficiência.
O estudo sobre o futuro da água nos EUA junta-se a outros que já alertaram sobre a situação global. Especialistas da NASA explicaram que, entre 2003 e 2013, extraiu-se mais do que foi possível recuperar na maioria dos maiores aquíferos subterrâneos do mundo, que fornecem 35% dos aquíferos usados no mundo. “A situação é crítica”, alertaram.
Outro relatório detalha que os aquíferos “demoram muito mais tempo para a “reagir” às mudanças climáticas do que a água na superfície”.
“Metade dos aquíferos subterrâneos da Terra tem uma tempo de reação de cem anos”, disse Mark Cuthbert, professor da Universidade de Cardiff. O investigador definiu este problema como “uma bomba-relógio ambiental”, uma vez que qualquer mudança nas adições de agua, que depende das chuvas, só se verificará “muito tempo depois”.
O Banco Mundial também aborda a questão no relatório “Mudanças Climáticas, Água e Economia”, de 2016, que indicava que em 2050 a disponibilidade de água potável seria um terço da atual e que a escassez terá repercussões graves na economia.
Por sua vez, o Relatório Mundial sobre Desenvolvimento de Recursos Hídricos da Unesco também alerta que, até 2050, 5,7 mil milhões de pessoas, cerca de dois terços da população mundial, sofrerão com secas, ultrapassando os 3,6 mil milhões que sofrem atualmente
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